segunda-feira, 7 de maio de 2012

Masoquista.

Outra vez me pego investigando sua vida,

Mapeando seus hábitos, agendando suas

ações.

Eu queria possuir auto controle,

Eu queria que houvesse forças onde não há.


Outra vez me pego com o pensamento estacionado no seu riso.

Outra vez condeno o que sinto.


De que adianta procrastinar a dor?

Do que serve a voz falsa me dizendo que

Eu estou quase esquecendo seu rosto?


Sabendo que não devo, sabendo que só

Agravará a ferida, ainda assim eu continuo.

Sou meu próprio carrasco, sou meu próprio salvador. Masoquista, é a certeza

Que restou.


Quão eficaz seria acabar com isso, sem negar que incontestavelmente, o que eu

Preciso é de alguma espécie de morfina.

Morfina psicológica.


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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Agridoce

Mais um dia. Perdido ou ganho? Não sei dizer.

Outra vitória com gosto de derrota, outro troféu que não me serve de nada.

O orgulho preenche o ambiente onde habitamos, já faz parte do nosso cenário diário. E agora, é elemento indispensável para a nossa austera atuação.

Quebrar a rotina é pecado que  nós cometemos tão esporadicamente, para desespero do meu ego.

Cumprimentos e piadas insinuantes são palavrões que dançam em nossas línguas.

Às vezes um ritmo lento, que me arrepia de desgosto e êxtase.

O que temos, seria...? Salgado-mar, Doce como o quê.

Amor agridoce. Alegria ilusória e temporária.


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